sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

ESCOLHAS

Ao fazer escolhas
Lucas 15:11-32

Você já deve ter ouvido as seguintes frases: “ O que foi que deu nele? Por que fez isso? Mas estava  tudo bem? Meu Deus, onde foi que errei? O que aconteceu?” Essas frases refletem o estado de perplexidade e angustia de alguém diante de situações de perdas, separações e tragédias. Geralmente em situações assim ficamos procurando culpados. Somos seres livres e como tais, temos que fazer escolhas na vida. Mas o que pode levar alguém a fazer más escolhas, a fazer bobagens na vida? 

O texto proposto nos traz a história de um rapaz que embora estivesse na casa do pai, num ambiente saudável, resolveu ir embora, desistindo dos seus relacionamentos, deixando a família, e na busca de dias melhores experimentou o pior e finalmente num momento de lucidez decidiu voltar para o lugar de onde nunca deveria ter saído.
O que leva alguém a querer deixar um ambiente saudável e uma condição tão boa e se aventurar pela vida? O que pode levar alguém a fazer más escolhas? Existem muitas razões para más escolhas na vida, mas à luz do texto em questão, podemos pinçar algumas verdades que nos ajudam a refletir os nossos processos de escolhas e decisões com os quais temos que lidar diariamente.

1. Fique atento aos processos que estão se desencadeando dentro de você.
Alguma coisa estava acontecendo no interior dele. Ninguém dorme bom e acorde assim. Ninguém dorme honesto e acorda ladrão. Ninguém dorme gente boa e amanhece sem caráter. As coisas vão sendo construídas, vão acontecendo gradativamente. Vamos fazendo concessões. Diariamente estamos num processo dinâmico de adições e subtrações de valores que vão impulsionar as nossas decisões.

2. Não procure se dar bem pelo caminho do egoísmo.
O rapaz não se importa com a dor que provocará no coração de seu pai. No afã de serem bem sucedidos na vida, muitos partem para uma carreira solitária, em detrimento inclusive dos seus relacionamentos. Para conseguir o que querem, passam por cima de tudo e de todos, para alcançar o que tanto desejam. Acontece que a felicidade não é uma construção individual, sempre passará pelo modo como nos conduzimos e pelos nossos relacionamentos. Ninguém é feliz sozinho. Até um bolo que uma mulher faz, o faz pensando no amado, por isso geralmente pergunta: “você gostou?” Será que valerá a pena chegar ao final da vida e olhando ao redor e para trás verificar que no processo das escolhas e “conquistas” na vida machucamos tanta gente? 
Será que valerá a pena ganhar coisas e perder pessoas? Nos valores cristãos coisas devem ser usadas e pessoas devem ser amadas e nunca o contrário.

3. Nunca sacrifique o futuro em função do presente.
 Acredite que é melhor desfrutar o presente, mas sempre com olhos no futuro. 
Muitos estão vivendo o aqui e agora sem nenhum olhar para o futuro. 
Veja: “Pela fé Moises, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado...permaneceu firme com quem vê aquele que é invisível”. Heb.11:24-27 
A conta que nós e principalmente as próximas gerações deverão pagar pelas escolhas e ações que fazemos hoje pode ser muito alta. Isso vai desde um simples cuidado com o próprio corpo ao cuidado com o planeta.

4. Não se apóie na aparente estabilidade das boas condições.
Esse moço estava “por cima da carne seca”. Naquele momento tinha grana, liberdade e o mundo à sua frente.  Ele não contava que as coisas iam mudar. Foi gastando o que tinha, o tempo foi passando, e as coisas mudaram, veio a crise. Hoje você tem dinheiro, não depende de ninguém, amanhã as coisas podem mudar. Hoje você é jovem, bonito, mas amanhã como estará? Hoje você tem status, tem poder, é assediado por todos e amanhã como estará?

5. Use o seu poder de escolha para evitar o pior.
Que bom! Esse rapaz tem uma tomada de consciência, um insight, ele cai em si e decide mudar de rumo, e com isso evita o pior. Ele reconhece que pecou, e parte de volta para casa acreditando no amor e misericórdia do pai. 
Ainda bem que tem um Pai nos esperando de braços abertos.
Esta sábia decisão põe fim a um processo destrutivo na vida do moço.

Conclusão: Em nossa peregrinação existencial temos que fazer escolhas. As nossas escolhas poderão nos levar ao lugar onde estão os porcos ou ao lugar onde estão os filhos de Deus. Ele é um Pai amoroso e bom, que nos oferece sempre o melhor lugar para estar – sua presença.  
Faça sua escolha.

Abraços.
Pr. Onésimo F. da Silva.

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