Deixa-me passar pela tua terra; não nos desviaremos pelos campos nem pelas vinhas, e as águas dos poços não beberemos; iremos pela estrada real até que passemos os teus termos.Números 21.22
Israel estava a caminho de Canaã, sob a direção do Senhor. O longo trajeto chegava perto do fim. Humildemente, Moisés fez um pedido a Seom, rei dos amorreus: que os israelitas pudessem passar pelo território do monarca. Esse rei havia tido uma disputa com o rei de Moabe e tomado dele uma grande parte de sua região. Dá para entender que só não se apossou de mais terra pelo fato de o rei moabita ter lhe dado rapazes e moças de Moabe.
O pedido de Moisés estava longe de ser um perigo para Seom. O servo de Deus declarou que permaneceriam pela estrada principal até saírem daquele reino. Mas, talvez pela vaidade de ter vencido o rei de Moabe, o amorreu impediu Moisés de pegar o atalho. Ainda por cima, convocou toda a sua gente e foi com ânimo para destruir Israel. Ele só esqueceu um detalhe: ninguém pode tocar no povo do Senhor.
A garantia de Moisés e sua humildade em pedir permissão se resumiram a nada para o então rei de Moabe. Tanto foi assim que ele confrontou os israelitas. Porém, Seom desconsiderou que o Senhor é verdadeiramente Deus e luta por quem é dEle. Já o deus de Moabe era um demônio perverso que não livrava os seus (Nm 21.29).
Com facilidade, Israel feriu a fio de espada os amorreus. Consequentemente, as terras que o rei desse povo havia tomado do rei moabita se tornaram parte da herança de Israel. Isso tudo estava fora dos planos de Moisés, mas, como Seom os enfrentou, o jeito foi defender-se. Depois, outro rei amorreu, Ogue, sentiu-se ameaçado por Israel e, em vez de propor paz, atacou os israelitas. Acabou derrotado também (Nm 21.35). Aleluia!
É impossível alguém se intrometer no plano divino e sair ileso. Aqueles que ameaçaram a vida dos escolhidos de Deus pagaram caro pela audácia. Assim será até o fim. O Altíssimo vela por aqueles que são dEle. Por isso, não devemos temer o dia de amanhã, desde que estejamos servindo ao Senhor. As promessas do Todo-Poderoso a nosso respeito dizem que tocar em nós é como tocar na menina dos Seus olhos (Zc 2.8). Deus é, de fato, o Senhor!
No início da jornada de Moisés, houve um faraó que perseguiu os israelitas e tentou destruí-los no mar, o qual fora aberto pela mão divina. No entanto, tão logo o último israelita pisou na praia do outro lado, a barreira de água se desfez nele e em seu exército. Certamente, teria sido melhor abençoar os filhos de Deus e ser abençoado por Ele! O ímpio ignora o Deus que guarda Seus servos. Quem levantar a mão contra o povo santo pagará um alto preço.
Procure estar em comunhão com o Altíssimo, orando para Ele lhe revelar a Sua vontade. Ao entendê-la, comece a cumpri-la com todo o seu coração. O Pai celeste jamais deixará os Seus filhos serem molestados pelo inimigo.
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares