ostentavam sua própria grandeza. Atribuíam a si mesmos poderes que não possuíam.
Colocavam-se num pedestal que não lhes pertencia. Buscavam glórias para si mesmos e recebiam honras que só a Deus eram devidas. Por isso, o último pilar da Reforma foi Soli Deo Gloria, “somente a Deus a glória”.
Essa tendência de colocar o homem no centro do universo e empurrar Deus para a lateral é antiga. O filósofo grego Protágoras já dizia que “o homem é a medida de todas as coisas”. Karl Marx tentou tirar Deus da história com o seu materialismo dialético. Charles Darwin, tentou tirar Deus da ciência com sua obra “A origem das Espécies”. Sigmund Freud, o pai da psicanálise, tentou banir Deus do inconsciente do homem. Nietzsche, do topo de sua presunção, proclamou a morte de Deus e Richard Dawkins, o patrono dos ateus contemporâneos, diz que Deus é um delírio.
Deus, porém, está no trono, tem as rédeas da história em suas mãos e ninguém pode deter o seu braço onipotente.
Aqueles que escarnecem dele terão que comparecer perante o seu tribunal e aqueles que negam o soberano Deus e Salvador Jesus Cristo, terão que se prostrar e confessar que ele é Senhor, para a glória de Deus Pai.
É a mais consumada tolice pensar que o homem é o centro do universo. Deus nunca abdicou do sua posição de ser o soberano Senhor dos céus e da terra. Ele é majestoso e revestido de glória. Ele mede as águas na concha de sua mão e pesa o pó das montanhas em balança de precisão. Ele mede os céus a palmo e espalha as estrelas no firmamento. Ele considera as nações da terra como um pingo que cai dum balde e vê os príncipes da terra como nulidade.
Deus não divide sua glória com ninguém. Só ele é Deus e a ele deve ser tributada toda a glória. Ele criou todas as coisas e as sustenta com o seu poder. Ele planejou nossa salvação na eternidade, executou-a na história e a consumará na segunda vinda de Cristo. O lugar do homem não é no pedestal, mas no escabelo de seus pés. Por isso, toda glória dada ao homem é vanglória, é glória vazia, é idolatria, é abominação para Deus.
Bendito é aquele que conhece a Deus e tem nele o seu refúgio! Feliz é aquele que ao conhecer a Deus e a seu Filho, compreende o significado da vida eterna! Bem-aventurado é aquele que desfruta a verdadeira felicidade que há à destra de Deus, pois só em sua presença há plenitude de alegria! Oh, quão precioso é Deus para os seus:
Ele é o pão para a nossa fome, a água para a nossa sede e a luz para o nosso caminho.
Ele é o abrigo no temporal, o refrigério para a nossa dor e o descanso para a nossa fadiga.
Ele é o nosso escudo protetor, a nossa paz no vale e a nossa alegria no choro.
Dele somos, por meio dele vivemos e para ele existimos. A ele, portanto, a glória agora, e pelos séculos eternos.
Rev. Hernandes Dias Lopes