E ouviu o SENHOR a Ezequias e sarou o povo.2 Crônicas 30.20
A ascensão de Ezequias ao trono de Judá foi um ato divino. Esse homem procurou o Senhor e Lhe serviu de coração inteiro. O pai dele foi um péssimo rei, dando-se aos costumes pagãos das nações que habitaram Canaã, bem como aos pecados de Samaria. No entanto, Ezequias não seguiu o exemplo de seu antecessor e se espelhou em Davi, seu ancestral. Por isso, foi bem-sucedido.
No primeiro mês do seu reinado, ele abriu as portas da Casa do Senhor, que tinham sido fechadas por seu pai. A seguir, promoveu um avivamento, ordenando que os levitas se santificassem e tirassem do santuário toda a imundícia. Então, veio ao seu coração o desejo de celebrar a Páscoa do Senhor em Jerusalém e mandou que convidassem não só Judá, mas também todo o Israel, desde Berseba até Dã. Que lindo plano!
Israel havia caído, e Salmaneser, rei da Assíria, levara Samaria em cativeiro. Alguns escaparam e voltaram, mas eram tão incrédulos, que riram dos mensageiros que os convidaram a participar da celebração. A mensagem do rei era de arrependimento, a fim de que voltassem para o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Porém, apenas alguns foram à festa. Os de Judá eram como uma só pessoa no temor de Deus, e isso era muito importante.
Muitos israelitas comeram a Páscoa sem se santificarem, mas Ezequias orou por eles, para que o Altíssimo, que é bom, perdoasse àqueles que tinham preparado o coração para buscar o Senhor, o Deus de seus pais, ainda que não se tivessem limpado segundo a purificação do santuário (v. 18,19). A oração de Ezequias foi ouvida. Veja, aqueles que são atendidos em suas petições devem sempre orar pelos necessitados.
Isso nos ensina o seguinte: há pessoas que, embora estejam dispostas a clamar a Deus, ainda não estão santificadas. Porém, mesmo assim, não devem ser impedidas de se achegarem à mesa do Senhor, porque todo ato de fé é imputado como justiça (Gl 3.6). Não se deve discriminar ninguém, pois a mesa é do Senhor, e Ele nos deixou esse exemplo.
Após a Páscoa, foi celebrada com grande satisfação a Festa dos Pães Asmos, durante sete dias, e os sacerdotes louvaram o Senhor, dia após dia, bem alto (2 Cr 30.21). Depois de entrar em acordo, a congregação continuou a celebração por mais sete dias. Aquele período de festas ficou conhecido como o mais importante desde os dias de Salomão (v. 26). A alegria contagiou o povo de Israel, como também os estrangeiros e os habitantes de Judá. Que linda comemoração!
Essas coisas exemplificam o que está disponível a nós hoje. Não podemos ficar na letra morta, mas sentir o que Deus quer fazer em nossos dias, pois, certamente, Ele tem Se preparado para realizar uma obra tão maravilhosa, que, se contada, ninguém acreditará. O Todo-Poderoso quer fazer em nosso tempo e em nosso meio algo que já está escrito, embora continue oculto aos nossos olhos. Ao entendermos Sua vontade, reinaremos com sucesso.
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares