terça-feira, 18 de janeiro de 2022

A OBRA DO ESPÍRITO SANTO

 



        Na carta de Paulo aos efésios, o veterano apóstolo trata, de maneira singular, da obra do Espírito Santo. O Espírito Santo é o aplicador da obra da redenção e aquele que reveste a igreja de poder para testemunhar o evangelho ao mundo. Vejamos:

            Em primeiro lugar, o selo do Espírito (Ef 1.13). O selo do Espírito ensina-nos três verdades. O selo fala de propriedade. Somos propriedade exclusiva de Deus. Ele nos criou e nos comprou. Somos duplamente de Deus. O selo fala, também, de legitimidade. Somos propriedade legítima de Deus. O que foi realizado em nós não é uma obra falsa nem híbrida, mas pura. Ainda, o selo fala de inviolabilidade. Temos o lacre do Espírito. Nossa salvação está assegurada.

            Em segundo lugar, o penhor do Espírito (Ef 1.14). O penhor aponta para duas verdades importantes. Na linguagem comercial, o penhor é a primeira parcela de um pagamento, com a promessa de que o pagamento final será efetuado. A boa obra que Deus começou a operar em nós, ele mesmo vai conclui-la até o dia de Cristo Jesus. O penhor do Espírito é essa garantia. Na linguagem familiar, o penhor fala do anel de noivado, com a promessa de que o compromisso feito no noivado será consumado com o casamento. A igreja é a noiva de Cristo e em sua segunda vinda, o casamento será consumado.

            Em terceiro lugar, o revestimento de poder (Ef 3.16,17). O Espírito nos reveste de poder para que Cristo habite em nosso coração. O poder do Espírito é evidenciado quando Cristo assume o comando de nossa vida. A palavra “habitar” significa habitar não como um turista, mas habitar como um residente permanente, ou seja, habitar como o dono da casa. O turista que se hospeda num hotel não é o dono daquele quarto. Não pode fazer mudanças no quarto, mas o dono da casa pode fazer reformas e até jogar fora o que não lhe agrada. A evidência do poder do Espírito em nós é o senhorio de Cristo em nossa vida. O Espírito Santo veio para nos revelar Jesus. Seu ministério é o ministério do holofote. O Espírito Santo aponta para Jesus e exalta Jesus em nossa vida.

            Em quarto lugar, não entristeça o Espírito Santo (Ef 4.30). O Espírito Santo é uma Pessoa divina. Ele habita em nós. Somos o santuário de sua morada. Sempre que deixamos de seguir sua orientação, ele é entristecido. Sempre que nós desobedecemos aos preceitos da Palavra de Deus, nós o entristecemos. Precisamos ouvir a voz do Espírito, obedecer ao Espírito, viver no Espírito, andar no Espírito e produzir o fruto do Espírito.

            Em quinto lugar, a plenitude do Espírito Santo (Ef 5.18-21). No texto em tela, há duas ordens: uma negativa e outra positiva. A negativa proíbe o crente de embriagar-se com vinho; a positiva ordena-o a ser cheio do Espírito. Uma pessoa embriagada está governada pelo vinho assim como uma pessoa cheia do Espírito está governada pelo Espírito Santo. Essa é uma semelhança superficial. Mas há aqui um contraste profundo. O resultado da embriaguez é a dissolução, enquanto o resultado da plenitude do Espírito é comunhão, adoração, gratidão e submissão. A plenitude do Espírito Santo não é uma sugestão, mas uma ordem expressa e ordem para todos os crentes. O verbo “enchei-vos” está no imperativo e no plural. O verbo “enchei-vos” está, também, no presente contínuo, significando que a plenitude de ontem não serve mais para hoje. Todo dia é necessário estar cheio do Espírito Santo. O verbo, por fim, está na voz passiva. Isso significa que não somos os agentes na plenitude, mas os receptáculos dela. Não enchemos a nós mesmos nem administramos essa plenitude para outrem. Somos cheios em vez produzirmos essa plenitude. Enquanto nossa vida for como vasilhas vazias, o azeite vai jorrar em nós. Não há limitação em Deus. Ele não nos dá o seu Espírito por medida. Há sempre mais, infinitamente mais para nós. Você está cheio do Espírito Santo?



Rev. Hernandes Dias Lopes

Versículos do Dia

  Versículos do Dia Disseram então os apóstolos ao Senhor: Acrescenta-nos a fé. Lucas 17:5