quinta-feira, 8 de agosto de 2019

POR QUE O PECADO É MALIGNÍSSIMO?

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O apóstolo Paulo, o maior teólogo do Cristianismo, disse em sua mais robusta epístola, a carta aos Romanos, que o pecado é maligníssimo (Rm 7.13). O veterano apóstolo coloca a malignidade do pecado em grau superlativo. O pecado atingiu toda a raça humana. Diz a Escritura que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Caímos em Adão num estado de depravação e miséria. Não há nenhum justo, nenhum sequer. O pecado atingiu a todos os homens e pelo pecado veio a morte.

O pecado é pior do que o sofrimento mais atroz, pois é a causa dos mais terríveis sofrimentos. É pior do que a morte, porque é a causa da morte. É pior do que o inferno, porque no inferno os réprobos jamais se gloriarão no pecado. O pecado é um embuste fatal. Promete felicidade e traz desgosto; promete liberdade e escraviza; promete vida e mata. O pecado é doce ao paladar, mas amargo no estômago. É agradável aos olhos, mas esconde a anzol da morte. Oferece as taças borbulhantes do prazer imediato, mas condena o pecador ao tormento eterno.

O pecado é maligníssimo porque priva o homem do maior bem, a presença de Deus. O sofrimento, a enfermidade e a própria morte não podem afastar o homem de Deus, mas o pecado afasta-o da presença de Deus no tempo e na eternidade. Deus é luz, mas o pecado é treva espessa. Deus nos criou para o louvor de sua glória, mas o pecado é rebelião consumada contra ele. O pecado é uma afronta à santidade de Deus. É transgressão da lei de Deus. O pecado é uma alternativa grotesca às generosas ofertas da graça. Oferece um fruto proibido. Desfaz, com mentiras deslavadas e escárnio vil as advertências divinas. Eleva o homem ao pódio do prestígio e depois o arremessa impiedosamente no abismo do desespero.

O pecado promete o que não pode dar. Seus frutos são atraentes aos olhos, mas não satisfazem. Seus licores são adocicados, mas escondem o veneno da morte. O pecado abre todas portas das liberdades sem fronteiras, mas depois tranca sua vítima numa masmorra insalubre. Promete riquezas fáceis, mas depois flagela a pessoa com o chicote da culpa. O pecado é o combustível que alimenta as chamas do inferno. Onde o pecado domina, prevalece a mentira. Onde o pecado desfila na passarela, a alegria é rasa e a paz é postiça. Onde o pecado se assanha, as perversões de toda ordem se refestelam. Onde o pecado é tolerado, a presença de Deus não se manifesta.

O pecado é maligníssimo porque ele é o opróbrio dos povos. Nações inteiras sofreram acachapantes derrotas porque sucumbiram ao pecado. Desceram das alturas excelsas da riqueza e do poder, para se chafurdarem nos lugares mais baixos da humilhação. A nação que promove o pecado, em vez de repudiá-lo, assina seu próprio atestado de óbito. Um povo que justifica o pecado em vez de aborrecê-lo acelera sua ruína. Nenhuma nação é forte se está de cócoras diante do pecado. Nenhuma família drapeja a bandeira da felicidade se o pecado é o ar que ela respira. O pecado é a receita mais rápida para a tragédia. Os súditos do pecado estão destinados à morte. O inferno é a prisão perpétua de todos aqueles que vivem na prática do pecado.

Embora o pecado seja maligníssimo, é possível triunfar sobre ele. O arrependimento é a porta de escape. Arrepender-se é reconhecer que o pecado é abominável para Deus. É sentir tristeza por desejá-lo ou praticá-lo. É virar as costas para ele. Embora não possamos nos livrar do pecado por nós mesmos, Jesus Cristo, o Filho de Deus, morreu pelos nossos pecados. O sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado. Em Cristo somos libertos da condenação do pecado na justificação, do poder do pecado na santificação e da presença do pecado na glorificação.



Rev. Hernandes Dias Lopes

Versículo do Dia

    Versículo do Dia Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto. Lucas 6:43