Jesus respondeu: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.João 9.3
Quantos glórias temos impedido que sejam dados ao Senhor e quantos milhões de pessoas não se converteram pelo fato de a igreja não ocupar o seu lugar determinado? Devido a isso, o diabo tem operado não só no meio dos incrédulos, como também entre os salvos. O resultado é um povo que se diz propriedade de Deus, mas vive triste e cheio de problemas e, em muitos casos, agindo como os ímpios.
Desde o Antigo Testamento, o Altíssimo já perguntava se havia alguma coisa difícil para Ele, mas o povo da época não Lhe deu resposta. Hoje, alguns têm tentado obter as operações divinas; porém, por não estarem no Caminho que os leva ao Pai, nada alcançam. Com isso, veem filhos e demais familiares sofrendo até a exaustão, quando deveriam realizar cultos de ações de graças a Deus pelo que Ele teria feito em favor deles, se cressem.
Onde estão os prodígios incontestáveis que o Senhor realizava por intermédio de Jesus e dos apóstolos? Ora, Deus é o mesmo, mas a humanidade tem piorado. O Mestre avisou que tudo o que provém da carne, dos desejos e da vontade do homem não presta para nada (Jo 6.63). Não podemos reduzir o culto ao Pai celestial em algo frio, sem sentido, e, em muitos casos, em uma verdadeira confissão de derrota. Precisamos voltar ao exemplo deixado por Cristo para agradar ao Todo-Poderoso.
As Escrituras advertem que sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). Por certo, essa passagem está relacionada com a volta do Salvador. Porém, sem alterar a revelação, podemos dizer que isso se refere também ao nosso dia a dia. Cristo prometeu que estaria conosco até a consumação dos séculos (Mt 28.20); no entanto, vivemos como se não O conhecêssemos nem soubéssemos o que Ele pode fazer por nós, apesar de dizermos que Ele opera em nosso meio. Onde há a verdade há libertação!
Não temos de focar a nossa atenção no milagre, e sim em Quem nos atenderá e honrará toda vez que estivermos seguindo as direções do Senhor. O melhor da vida é andar com Deus, obedecer à Sua Palavra e cumprir Seus mandamentos. Agindo assim, daremos a Ele condições para nos amar, como Jesus amou os Seus discípulos até o fim. Ele não vai parar de amar os Seus agora nem na velhice desde que sigam Seus preceitos e os guardem (Jo 14.21).
Se Cristo estivesse hoje em nosso meio, permitiria que os cegos continuassem cegos e os que nasceram com problemas continuassem com eles? Ou daria fim a todo tipo de sofrimento? Sem dúvida, Jesus espera que façamos as mesmas obras que Ele fazia (Jo 14.12), mas, se continuarmos na carne, fascinados pelo brilho do ouro, preocupados com o nosso futuro e o de nossos filhos e desejosos de outras coisas, nada conseguiremos de Deus. Misericórdia!
Há viúvas iguais as de Naim, esperando os representantes de Jesus as encontrarem e trazerem seus filhos de volta. O que estamos fazendo com o poder do Espírito Santo dado a nós? Falamos em línguas, mas não imitamos o Senhor nos exemplos deixados por Ele? Vamos libertar os dependentes de drogas, os cegos, surdos, paralíticos e aqueles que negam a sua natureza?
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares