terça-feira, 26 de agosto de 2014

O amor, a marca do verdadeiro cristão


O cristão é conhecido pelo amor. Sem amor nossa ortodoxia é deficiente. A igreja de Éfeso era ortodoxa, zelava pela doutrina verdadeira, ao mesmo tempo em que repudiava os falsos apóstolos e suas heresias, mas falhou ao abandonar o seu primeiro amor. Jesus elogiou a firmeza doutrinária da igreja de Éfeso, mas a repreendeu pela sua falta de amor. 

O amor é mais importante do que o conhecimento. A igreja de Corinto, influenciada pela cultura grega dava mais importância ao saber do que ao amor. O apóstolo, então, ensina a igreja que o conhecimento ensoberbece, mas o amor edifica (1Co 8.1-4). O amor é mais importante que os dons espirituais. O apóstolo Paulo adverte que ainda que eu tenha o dom de variedade de línguas, de profecia, de conhecimento e de fé, se eu não tiver amor, minha vida só produz barulho e nada será (1Co 13.1-3). 

O amor é mais importante do que as mais importantes virtudes cristãs. No mesmo capítulo 13 da Carta aos Coríntios, Paulo diz: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor”. Fé e esperança são elementos fundamentais do cristianismo. Mas só o amor é transcendente e vai morar no céu. No céu não precisaremos mais de fé nem mesmo de esperança, pois lá veremos ao Senhor face a face e, apropriar-nos-emos da bem-aventurança eterna. Mas, o amor há de marcar o clima e as relações no céu. 

O amor é o principal de todos os mandamentos. Jesus disse que o maior de todos os mandamentos é amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos (Mc 12.28-31). O apóstolo João nos ensina, porém, que não podemos amar a Deus a quem não vemos se não amamos os irmãos a quem vemos (1Jo 4.20). Aquele que não ama ainda está nas trevas e nunca viu a Deus, pois Deus é amor. O amor é o cumprimento da lei. A essência dos dez mandamentos é amar a Deus e ao próximo. Quem ama procura agradar a pessoa amada. Jesus disse que aquele que o ama obedece os seus mandamentos. Nessa mesma linha de pensamento, Agostinho de Hipona disse: “Ame a Deus e faça o que você quiser”. 

O amor sempre busca a promoção do outro. O apóstolo Paulo diz: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Rm 12.10). O amor não visa seus próprios interesses. Ele não é egocentralizado, mas outrocentralizado. O amor é a apologética final. Jesus disse que somos conhecidos como seus discípulos pelo amor. “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns pelos outros” (Jo 13.34,35). 

Amar o próximo era um mandamento antigo, mas agora, ganha um novo sentido e uma nova amplitude. Devemos amar como Cristo nos amou. Ele nos amou mais do que a si mesmo. Ele nos amou e deu sua vida por nós. Ele amou-nos sacrificialmente. Quem ama se entrega. Deus nos amou e deu-nos seu único Filho (Jo 3.16). Ele não poupou o seu próprio Filho, antes por todos nós o entregou (Rm 8.32). Agora, devemos, também, dar a nossa vida pelos nossos irmãos (1Jo 3.16). Que Deus nos ajude a sermos uma comunidade conhecida pelo amor. Que o amor de Deus seja visto e conhecido nesta igreja e através desta igreja. Que aqueles que convivem conosco possam ser confortados pelo nosso amor.


Rev. Hernandes Dias Lopes.

Versículo do Dia

    Versículo do Dia Quem pode entender os seus erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos. Salmos 19:12