Então, Maria, tomando uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento. João 12.3
O Mestre aceitou o convite da família de Lázaro e foi até a casa deles em Betânia, na segunda-feira que precedia a Páscoa. Lá estava aquele que ressuscitara após ficar sepultado por quatro dias. Jesus sabia que, em breve, seria entregue nas mãos dos romanos e, depois de julgado, seria morto. Afinal, foi para isso que Ele viera ao mundo. Cristo não Se negaria a nos redimir, dando a própria vida.
Assentado à mesa com Jesus, Lázaro devia estar muito feliz. Se o Salvador não tivesse ordenado a remoção da pedra do túmulo de Seu amigo nem dito que ele saísse, o corpo dele já estaria totalmente desfeito. Isso prova que é bom ser amigo do Senhor, porque, de outra forma, o inimigo o teria levado muito antes do dia em que deveria morrer. O nosso Salvador convida e aceita ser convidado.
Naquele momento emocionante, Maria tomou uma libra de unguento de nardo puro, de valor altíssimo, ungiu os pés do Senhor e os enxugou com seus cabelos. Logo, o perfume encheu a casa. Ninguém entendeu por que ela fizera isso, mas Jesus, após ouvir Judas dizer que aquilo era um desperdício, revelou a razão: era para a Sua sepultura.
É interessante notar a atitude de Judas Iscariotes, o qual era um dos 12 que iam com Jesus a todas as partes e O trairia. Ele demonstrou uma preocupação em relação aos pobres, pois, se vendessem aquele bálsamo, arrecadariam um bom dinheiro para distribuir entre os menos favorecidos. No entanto, além de mal-educado, ele tinha em mente outra coisa: o produto da venda poderia ajudá-lo a roubar mais, pois era ladrão.
Devemos ficar atentos a indivíduos que se mostram interessados em algo, mas, por trás de um motivo justo, podem esconder um propósito imundo, o qual se tornará público. Assim tem acontecido com muitos que dão atenção especial a algumas pessoas e, depois, constata-se que tal atitude servia de álibi para terem algo com elas e roubá-las, como era o propósito de Judas.
Por que Jesus não expulsou esse discípulo do Seu ministério? Bem, Cristo sabe mais do que nós. Porém, a pergunta certa é: por que alguns recebem o maravilhoso dom de Deus, mas se entregam ao pecado e se perdem para sempre? Judas, filho de Simão, preferiu trilhar a senda do diabo e abandonar o caminho do Senhor. Quem fizer isso verá que tomou a pior decisão.
Eis a principal lição a ser tirada do versículo-chave: devemos dar ao Senhor e à Sua obra o primeiro lugar em nossa vida. Assim, as demais coisas nos serão acrescentadas (Mt 6.33). Quanto aos pobres, eles sempre estão conosco. Quando precisarem, devemos lhes fazer o bem.
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares