Eu dormia, mas o meu coração velava; eis a voz do meu amado, que estava batendo: Abre-me, irmã minha, amiga minha, pomba minha, minha imaculada, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos, das gotas da noite.Cantares 5.2
O que se passou com a Sulamita acontece com inúmeras pessoas. Ela representa a Igreja, e o seu Amado, o nosso Salvador. Como a Sulamita, temos dormido esperando pela presença do Senhor. No entanto, ela possuía uma virtude: o seu coração velava enquanto ela dormia. Infelizmente, parece que não temos, ou não desenvolvemos, essa qualidade. Devido a isso, perdemos as visitações de Deus, as quais, sem dúvida, muita falta nos fazem, pois Ele sempre vem para nos abençoar.
A nossa maior sorte se dá quando percebemos a vinda do Senhor e saímos ao Seu encontro. A vida sem os toques divinos não tem o valor desejado. Afinal, o que faremos se não houver em nós a sabedoria e a técnica necessárias para cumprirmos nossa missão? Devemos estar preparados para executarmos essa tarefa nesta geração. O maior desejo do Altíssimo é manter comunhão conosco, porque para isso chegamos ao Reino dos Céus.
A Sulamita reconheceu a voz do Seu amado, porém lhe faltou sabedoria para abrir a porta imediatamente. Desconhecemos por quanto tempo Ele bateu, mas ela não agiu corretamente, apesar da insistência dEle em bater e chamá-la de Sua irmã, Sua amiga, Sua esposa e imaculada. Ele lhe pediu que fosse rápida, pois Sua cabeça estava cheia do orvalho, e os Seus cabelos repletos de gotas da noite. Por que ela demorou a se levantar e abrir a porta?
O Senhor queria entrar e ter comunhão com ela, pois já estava no Seu jardim. De novo, Ele a chamou de minha irmã e esposa, mas o sono a impediu de se levantar e ir ao encontro dEle. Muitas vezes, passamos por experiências semelhantes sem perceber que estamos perdendo tempo. Temos de estar sempre prontos, porque não sabemos a que horas Ele virá. Quando isso acontecer, não teremos desculpas.
Hoje, o convite de Deus é para que nos encontremos com Ele em Seu jardim. Ele colheu a mirra com a Sua especiaria, comeu o Seu favo de mel e bebeu o vinho com o Seu leite (v. 1). O banquete está preparado, mas, por acharmos que temos tarefas mais importantes, perdemos essa oportunidade. O prejuízo sofrido quando deixamos o sono ou outras coisas nos tomarem é imensurável.
Se tivéssemos mais momentos na presença de Deus, seríamos mais felizes e bem-sucedidos. Deixar de dar atenção às declarações divinas e aos Seus convites para nos consagrarmos nos rouba o poder que receberíamos e as demais coisas preciosas que teríamos para realizar a obra como é do agrado divino.
O Senhor não ficará o tempo todo batendo à porta. É nossa obrigação vigiar e orar, já que não sabemos a hora de Sua vinda. Não temos nada mais importante a fazer do que esperar pela Sua visitação. A partir de agora, fique atento à chegada de Cristo!
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares