Estes são manchas em vossas festas de fraternidade, banqueteando-se convosco e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas. Judas 1.12
Judas, apóstolo de Jesus, foi usado para nos falar de algo muito sério a respeito dos ímpios que surgiriam em nosso meio. Esses indivíduos aparecem para serem como manchas nas nossas festas de amor a Deus, nas quais o Senhor opera maravilhas, prodígios e sinais, por meio de curas, libertações e salvações. Eles tentam imitar o que fazemos, porém, pelos seus pecados, convertem a graça de Deus em dissolução. Eles não têm escrúpulo nem se incomodam em errar.
Esses homens se banqueteiam conosco e falam igual a nós. Devido a isso, parece que fazem a vontade do Altíssimo, mas, na verdade, trazem a marca do inimigo sobre si. Pobres vidas! Um dia, conheceram o Senhor, mas também conheceram o diabo e deram mais crédito a este, desprezando as advertências bíblicas contra o pecado. Infelizmente, esses cidadãos serão semelhantes aos anjos que não guardaram o seu principado.
O Deus desses obreiros do mal é o ventre, o apetite carnal e sensual (Fp 3.19). Eles apascentam a si mesmos sem temor. Quem deseja agradar a Deus e ser salvo deve ficar bem longe deles, pois, assim como ocorreu com Corá, Datã e Abirão, também serão engolidos pela terra ou devorados pelo fogo (Nm 16.24-34). Por que alguém se deixa enganar pelo mal se é tão bom e abençoado andar com o Senhor em todo o tempo? O juízo será cruel para quem conheceu a Verdade, mas não a praticou!
De que valem as nuvens sem água, se não regam a terra? Da mesma forma, que serventia teremos se não estivermos carregados do precioso líquido que limpa as pessoas dos seus erros e das más lembranças? A nossa pregação no púlpito ou individualmente deve ser uma bênção, mas, para que isso aconteça, devemos permanecer aos pés de Cristo; caso contrário, nosso cesto sempre estará vazio, e não alimentaremos ninguém. As nuvens só alegram os agricultores se elas estiverem com água.
Os cristãos deveriam vigiar quando os perdidos ou os que se dizem de Deus declaram algo. As árvores são conhecidas por seus frutos (Mt 7.16). Sendo assim, temos de examinar o que todos dizem. Jamais virá algo bom de uma boca ímpia, ainda que esteja repetindo o que ouviu dos servos do Senhor. Esperamos boas coisas de um justo, porém há muitos que se deixam levar pelos ventos de doutrina e complicam mais do que ajudam.
Muitos são como árvores murchas, pois nada têm a acrescentar ou transmitir. Outros são infrutíferos, porque não buscam conhecer a boa, agradável e perfeita vontade de Deus e, quando são iluminados pela Palavra, desconsideram o que lhes é transmitido. Por agirem assim, deixam de receber a fé que mudaria a vida deles e também a de outras pessoas. Ana suplicou a Deus que acabasse com a sua esterilidade e recebeu a vitória (1 Sm 1). Que bênção!
As pessoas que ouvem a Palavra e fazem pouco caso do que ouviram, embora sejam vistas como importantes na fé, estão mortas na verdade. Aqueles que estiverem desarraigados da Videira serão recolhidos e lançados no fogo (Jo 15.6).
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
