quarta-feira, 15 de julho de 2015

Como morreram os apóstolos?

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 No começo do seu ministério Jesus escolheu doze homens que o acompanhassem em suas viagens. Teriam esses homens uma importante responsabilidade: Continuariam a representá-lo depois de haver ele voltado para o céu. A reputação deles continuaria a influenciar a igreja muito depois de haverem morrido.

 Por conseguinte, a seleção dos Doze foi de grande responsabilidade. "Naqueles dias retirou-se para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. E quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolo" (Lc 6.12-13).

 A maioria dos apóstolos era da região de Cafarnaum, desprezada pela sociedade judaica refinada por ser o centro de uma parte do estado judaico e conhecida, em realidade, como "Galiléia dos gentios". O próprio Jesus disse: "Tu, Carfanaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno" (Mt 11.23). Não obstante, Jesus fez desses doze homens líderes vigorosos e porta-vozes capaz de transmitir com clareza a fé cristã. O sucesso que eles alcançaram dá testemunho do poder transformador do Senhorio de Jesus.

 Nenhum dos escritores dos Evangelhos deixou-nos traços físicos dos doze. Dão-nos, contudo, minúsculas pistas que nos ajudam a fazer "conjeturas razoáveis" sobre como pareciam e atuavam. Um fato importante que tem sido tradicionalmente menosprezado em incontáveis representações artísticas dos apóstolos é sua juventude. Se levarmos em conta que a maioria chegou a viver até ao terceiro e quarto quartéis do século e que João adentrou o segundo século, então eles devem ter sido não mais do que jovens quando aceitaram o chamado de Cristo.

Os doze apóstolos foram:

1) André; 
2) Bartolomeu (Natanael); 
3) Tiago (Filho de Alfeu); 
4) Tiago (Filho de Zebedeu); 
5) João; 
6) Judas (não o iscariotes); 
7) Judas Iscariotes; 
8) Mateus; 
9) Filipe; 
10) Simão Pedro; 
11) Simão Zelote; 
12) Tomé; 
13) Matias (Substituindo a Judas).

O MARTIRIO DOS APÓSTOLOS

 O martírio dos apóstolos foi anunciado por Jesus: "Por isso, diz também a sabedoria de Deus: Profetas e apóstolos lhes mandarei; e eles matarão uns e perseguirão outros" (Lc 11.49). "E até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos sereis entregues; e matarão alguns de vós. E de todos sereis odiados por causa do meu nome" (Lc 21.16-17).

 Esta palavra diz respeito, também, aos crentes de um modo geral. Ainda hoje, anualmente, milhares são martirizados em todo o mundo. "Se a mim me perseguiram também vos perseguirão a vós... mas tudo isso vos farão por causa do meu nome" (Jo 15.19-20). "Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos...eles vos entregarão aos sinédrios e vos açoitarão nas suas sinagogas, e sereis conduzidos à presença dos governadores e dos reis, por causa de mim..." (Mt 10.16-18).

 Com relação aos sofrimentos e martírio de Paulo, Jesus revelou: "Eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome" (At 9.16). Abro um parêntesis para uma reflexão: O Evangelho pregado em nossas igrejas inclui a possibilidade de sofrimento por amor a Cristo. Ou anunciamos somente prosperidade, fartura, longevidade e saúde? Vejamos como os apóstolos morreram:

ANDRÉ - Foi discípulo de João Batista, de quem ouviu a seguinte afirmação sobre Jesus: "Eis aqui o Cordeiro de Deus". André comunicou as boas notícias ao seu irmão Simão Pedro: "Achamos o Messias" (Jo 1.35-42; Mt 10.2). O lugar do seu martírio foi em Acaia (província romana que, com a Macedônia, formava a Grécia). Diz a tradição que ele foi amarrado a uma cruz em forma de xis (não foi pregado) para que seu sofrimento se prolongasse.

BARTOLOMEU - Tem sido identificado com Natanael. Natural de Caná de Galiléia. Recebeu de Jesus uma palavra edificante: "Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo" (Mt 10.3; Jo 1.45-47) Exerceu seu ministério na Anatólia, Etiópia, Armênia, Índia e Mesopotâmia, pregando e ensinando. Foi esfolado vivo e crucificado de cabeça para baixo. Outros dizem que teria sido golpeado até a morte.

FILIPE - Natural de Betsaida, cidade de André e Pedro. Um dos primeiros a ser chamado por Jesus, a quem trouxe seu amigo Natanael (Jo 1.43-46). Diz-se que pregou na Frigia e morreu como mártir em Hierápolis.

JOÃO - O apóstolo que recebeu de Jesus a missão de cuidar de Maria. "O discípulo que Jesus amava" (Jo 13.23). Pescador, filho de Zebedeu (Mt 4.21) O único que permaneceu perto da cruz (Jo 19.26-27). O primeiro a crer na ressurreição de Cristo (Jo 20.1-10). A tradição relata que João residiu na região de Éfeso, onde fundou várias igrejas. Na ilha de Patmos, no mar Egeu, para onde foi desterrado, teve as visões referidas no Apocalipse (Ap 1.9). Após sua libertação teria retornado a Éfeso. Teve morte natural com idade de 100 anos.

JUDAS TADEU - Foi quem, na última ceia, perguntou a Jesus: "Senhor, por que te manifestarás a nós e não ao mundo?" (Jo 14:22-23). Nada se sabe da vida de Judas Tadeu depois da ascensão de Jesus. Diz a tradição que pregou o Evangelho na Mesopotâmia, Edessa, Arábia, Síria e também na Pérsia, onde foi martirizado juntamente com Simão, o Zelote.

MATEUS - Filho de Alfeu, e também chamado de Levi. Cobrador de impostos nos domínios de Herodes Antipas, em Cafarnaum (Mc 2.14; Mt 9.9-13; 10.3; At 1.13). Percorreu a Judéia, Etiópia e Pérsia, pregando e ensinando. Há várias versões sobre a sua morte. Teria morrido como mártir na Etiópia.

MATIAS - Escolhido para substituir Judas Iscariotes (At 1.15-26). Diz-se que exerceu seu ministério na Judéia e Macedônia. Teria sido martirizado na Etiópia.

PAULO - Israelita da tribo de Benjamim (Fp 3.5). Natural de Tarso, na Cilícia (hoje Turquia). Nome romano de Saulo, o Apóstolo dos Gentios. De perseguidor de cristãos, passou a pregador do evangelho e perseguido. Realizou três grandes viagens missionárias e fundou várias igrejas. Segundo a tradição, decapitado em Roma, nos tempos de Nero, no ano 67 ou 70 (At 8.3; 13.9; 23.6; 13-20).

PEDRO - Pescador, natural de Betsaida. Confessou que Jesus era "o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16.16). Foi testemunha da Transfiguração (Mt 17.1-4). Seu primeiro sermão foi no dia de Pentecostes. Segunda a tradição, sua crucifixão verificou-se entre os anos 64 e 67, em Roma, por ordem de Nero. Pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por achar-se indigno de morrer na mesma posição de Cristo.

SIMÃO, o Zelote - Dos seus atos como apóstolo nada se sabe. Está incluído na lista dos doze, em Mateus 10.4, Marcos 3.18, Lucas 6.15 e Atos 1.13. Julga-se que morreu crucificado.

TIAGO, O MAIOR - Filho de Zebedeu, irmão do também apóstolo João. Natural de Betsaida da Galiléia, pescador (Mt 4.21; 10.2). Por ordem de Herodes Agripa, foi preso e decapitado em Jerusalém, entre os anos 42 e 44.

TIAGO, O MENOR - Filho de Alfeu (Mt 10.3). Missionário na Palestina e no Egito. Segundo a tradição, martirizado provavelmente no ano 62.

 TOMÉ - Só acreditou na ressurreição de Jesus depois que viu as marcas da crucificação (Jo 20.25). Segundo a tradição, sua obra de evangelização se estendeu à Pérsia (Pártia) e Índia. Consta que seu martírio se deu por ordem do rei de Milapura, na cidade indiana de Madras, no ano 53 da era cristã



Por Pr. Josué Gonçalves

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