O que temos visto em nossos dias nos dá a certeza de que estamos vivendo os tempos trabalhosos mencionados pelo apóstolo Paulo. Diariamente, ouvimos sobre acontecimentos terríveis pelo mundo afora. A gana pelo poder, o fanatismo religioso e as ofertas do pecado têm feito muitas pessoas verem o próximo como o cego que teve o primeiro toque de Jesus via: como árvore que anda (Mc 8.22-25). Precisamos do segundo toque!
O completo desrespeito pelo ser humano e a corrupção escancarada servem de incentivo a quem tem inclinação para o crime. A Palavra de Deus diz de modo categórico que não há um justo, nem um sequer (Rm 3.10). Muitos não se importam em fazer o bem, pois o que querem é enriquecer e dizer à própria alma: Tens em depósito muitos bens, para muitos anos; descansa, come, bebe e folga (Lc 12.19.
Alguns cidadãos acreditam que, assim como não há qualquer punição para as autoridades corruptas, nada de mal acontecerá com eles. Os cristãos têm de dar o exemplo, recusando as ofertas malignas e assumindo somente as do Senhor. Cuidado, porque a Bíblia declara: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará (Gl 6.7). Tema o Senhor e seja bem-aventurado.
Temos ouvido que, nos diversos níveis do governo, só se aprova uma lei se houver algum “agrado”. Nas empresas privadas e nas organizações filantrópicas ou sociais, ouve-se que quem não dá propina não consegue vender o seu produto. Vemos pessoas que, em vez de serem gratas aos seus amigos, os traem com a maior facilidade. Muitos indivíduos que devem a vida a alguém não têm medo de agir erradamente só para terem lucro ou prazer. Misericórdia!
Havendo perturbação da ordem, violência e demais práticas que fazem até os mais céticos em relação ao bem se perturbarem, há operação de demônios com certeza. Quem aceitar algo do diabo pagará um alto preço e perderá as operações divinas em sua vida. Depois, ao perceber que tomou a decisão errada, terá de se arrepender e se converter à Verdade, se quiser desfrutar do bem do Senhor.
Quando as Escrituras advertem sobre algo, certamente aquilo acontecerá. É imprescindível estar preparado para não se assustar com a chegada dos tempos trabalhosos. Muitos se escandalizarão a ponto de perderem a fé. Ao nos alertar, o Senhor está nos orientando a ficar de sobreaviso, pois essas coisas ocorrerão como estão programadas, mas Ele nos dará o escape. Afinal, Ele é o nosso Pai celestial.
Nessa época difícil, os homens serão amantes de si mesmos, aborrecedores de Deus e inimigos da cruz de Cristo (2 Tm 3.2; Rm 1.30; Fp 3.18). No entanto, não devemos temer esse período nem deixar o nosso coração ficar sobressaltado, porque a misericórdia do Senhor nos cercará e nos ajudará a sair de todas as ações diabólicas. Não se esqueça de que Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia (Sl 46.1). Ele está conosco!
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
