terça-feira, 9 de outubro de 2012

Ladrões



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Quero compartilhar com vocês hoje uma mensagem que escrevi no ano passado, cujo tema voltou ao meu coração ontem à tarde. A ação das pequenas “raposinhas” que minam nossas forças e roubam a nossa fé. Leia a mensagem com atenção, creio que ela lhe trará um grande crescimento. Se, por acaso, já leu, leia de novo e reflita sobre suas verdades. Tenho certeza que algo novo será revelado a você pelo Espírito Santo.
Esta semana eu me senti roubada. Sabe aquela sensação de que levaram algo que era seu? Existem as situações literais do dia a dia, quando acontece o furto de fato. Mas não é disto que estou falando. Refiro-me  aos sonhos, à alegria, à paz, à esperança, ao amor, ao otimismo, à coragem, ao entusiasmo que são fundamentais a nossas vidas e que, de repente, quando paramos para observar, não encontramos mais, como se um ladrão os tivesse levado sorrateiramente.

Esta semana eu senti na pele isso. Senti que minha alegria tinha sido roubada. No peito restava apenas uma sensação profunda de angústia, tristeza e dor. Sem alegria, mal conseguia orar e um desânimo profundo abateu-se sobre mim. Eu sabia que estava tudo errado e sabia que a resposta para sair daquela situação estava em mim mesma. Dependia de minhas próprias atitudes.
Na verdade esse é o “x” da questão de nossas vida espiritual. Deus não moverá nada de nossas vidas se não estivermos dispostos a agir. Existem cristãos que passam a vida inteira esperando um grande mover do Senhor e não enxergam que este mover começa com suas próprias atitudes e ações.

Buscando, então, o entendimento para aquela situação, veio ao meu coração a palavra “raposinhas”. Lembrei-me de Cântico dos Cânticos 2:15, que nos diz: “Apanhai-nos as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor”.
No meio do romance de  Cântico dos  Cânticos, Salomão faz uma ilustração que aponta para o que poderia destruir aquele relacionamento. Ele não citou os grandes problemas  que poderiam ser fatais. Sua preocupação era com as raposinhas, que invadem as vinhas sorrateiramente e, sem que ninguém perceba, vão causando grandes estragos.

Através desta ilustração o Senhor nos mostra que nossas vidas não são destruídas especificamente pelos grandes problemas,  mas pelas pequenas ações, pelas concessões e escolhas que fazemos no nosso dia a dia.
Raposinhas que, se não eliminadas, destroem casamentos, ministérios, sonhos, vidas…
Um dos grandes alvos dessas raposinhas é a nossa alegria. A Bíblia nos mostra que a  alegria do Senhor é a nossa força (Neemias 8:10). Sem alegria, somos alvos fáceis das mentiras e setas malignas de  Satanás. A angústia, o medo e a desilusão são rapidamente plantados em nossos corações.

Observe as “raposinhas” em sua vida. O que tem minado as suas forças, o seu relacionamento conjugal, sua vida familiar, seus sonhos ou sua intimidade com Deus?
Pequenas raposinhas…
Não vemos, nem percebemos suas ações, mas elas estão lá, dilacerando  o que temos de melhor em nossas vinhas.
Pequenas raposinhas…

A falta de perdão em situações aparentemente corriqueiras que, acumuladas diariamente, causam danos terríveis aos nossos relacionamentos.
Os “pequenos” excessos financeiros, quando compramos o que não precisaríamos comprar e, aos poucos,  acumulamos sobre os nossos ombros o peso do endividamento.
O que tem minado as suas forças, o seu relacionamento conjugal, sua vida familiar, seus sonhos ou sua intimidade com Deus?
São tantas as raposinhas e sequer percebemos a sua ação, que só se torna evidente quando os estragos já são grandes!
Raposinhas como as pequenas concessões que fazemos diariamente ao pecado. “Não vai fazer mal se eu só fizer uma vez…”
Tão pequenas e aparentemente inofensivas, mas tão destrutivas!
Quantos ministérios são totalmente destruídos pelas concessões…
Aos poucos perdem o que há de mais precioso: a intimidade com Deus!
Pequenas coisas que, somadas, geram grandes problemas.

No meu caso, o Espírito Santo me mostrou que eu estava permitindo que a decepção com os homens minasse a minha fé. As raposinhas da decepção, da falta de perdão e da revolta estavam destruindo a minha vinha. A alegria foi roubada e as sementes da angústia e desesperança foram semeadas por satanás.
Graças a Deus o meu refúgio foi o Senhor! E Ele é fiel para nos livrar do mal. “Pois tens sido um refúgio para mim, e uma torre forte contra o inimigo”. Salmos 61:3
Assim que o Espírito Santo me mostrou onde estava o problema, consegui reagir à aquela situação, repreendi todo sentimento maligno e fui buscar forças na oração e na Palavra do Senhor.

Talvez você esteja passando por uma situação parecida. A orientação que te dou é que você não deve se isolar amargurado no canto com todos esses sentimentos.
Peça ao Senhor para que Ele  lhe dê discernimento sobre que tipo de raposinhas tem destruído a sua vinha. Reflita com calma,ore, leia a Palavra. Detectadas as raposas, expulse-as pelo poder do nome de Jesus!
Mas  lembre-se que nem sempre é necessário apenas a oração e leitura da Palavra. Na grande maioria das vezes, temos que somar a isso tudo ações que requerem renúncia e humildade.
Renúncia aos apelos do mundo, às concessões diárias, às más companhias…
E humildade para reconhecer nossos erros, pedir perdão e mudar de atitude.

Lembre-se também que Deus não quer perfeição de nenhum de nós. O que Ele quer é que tenhamos um coração contrito, sincero e disposto a ser moldado e aperfeiçoado.

Pense nisso…
Livre-se das raposinhas e seja feliz!

Por Deyse Melo

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