quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Como acabar com as guerras - Parte 2


Referência: Tiago 4.1-12
Autor(a): Pr. Hernandes Dias Lopes


III. EM GUERRA COM DEUS - V. 4-10

A raiz de toda a guera é rebelião contra Deus. Mas como um crente pode estar em guerra contra Deus? Cultivando amizade com os inimigos de Deus. Tiago cita três inimigos com quem não podemos ter amizade se desejamos viver em paz com Deus.

Tiago fala de tentações que estão fora de nós (o mundo e o diabo) e tentações que estão dentro de nós (a carne).

1. O mundo (v. 4)

O mundo aqui é a sociedade humana com seus valores, princípios, filosofia vivendo à parte de Deus. Esse sistema que rege o mundo é anti-Deus. Se o mundo valoriza a riqueza, começamos a valorizar a riqueza também. Se o mundo valoriza o prestígio, começamos a valorizar o prestígio. Temos a tendência de assimilar esses valores do mundo.

Um crente pode tornar-se amigo do mundo gradativamente: Primeiro, sendo amigo do mundo (4:4). Segundo, sendo contaminado pelo mundo (1:27). Terceiro, amando o mundo (1 Jo 2:15-17). Quarto, conformando-se com o mundo (Rm 12:2). O resultado é ser condenado com o mundo (1 Co 11:32). Então, seremos salvos como que através do fogo (1 Co 3:11-15).

Amizade com o mundo é uma espécie de adultério espiritual. O crente está casado com Cristo (Rm 7:4) e deve ser fiel a ele (Is 54:5; Jr 3:1-5; Ez 23; Os 1-2; 1 Co 11:2). O mundo é inimigo de Deus e ser amigo do mundo é constituir-se em inimigo de Deus.

Não dá para ser amigo do mundo e de Deus ao mesmo tempo.

2. A carne (v. 1,5)

A carne é a nossa velha natureza. A carne não é o corpo. O corpo não é pecaminoso. Podemos usar o corpo para gloficar a Deus ou para servir ao pecado. Na conversão recebemos uma nova natureza, mas não perdemos a velha. Ela precisa ser crucificada. Essas duas naturezas estão em conflito (Gl 5:17). É isso que Tiago diz no v. 1.

Há paixões carnais que buscam nos colocar em guerra contra Deus. Devemos fugir dessas paixões (1 Co 6:18; 2 Tm 2:22). Fugir aqui não é um gesto desprezível. José do Egito fugiu da mulher de Potifar. A única maneira de vencer as tentações da carne é fugindo. Fugir do lugar, do ambiente. Viver na carne significa entristecer o Espírito Santo que vive em nós (v.5; Ef 4:30).

O Espírito de Deus habita em nós e anseia por nós com zelo (v. 5). Ele não nos divide com ninguém. Estamos casados com Cristo. Você levaria Cristo para uma sala de jogos, para uma boate, para um show do mundo, para uma intimidade sexual fora do casamento?

3. O diabo (v. 6-7)

O mundo está em conflito com o Pai. A carne em luta contra o Espírito e o diabo se opõe ao Filho de Deus.

O pecado predileto do diabo é a vaidade, o orgulho. Ele tenta as pessoas nessa área (v. 6-7). Ele tentou Eva e tenta os novos crentes (1 Tm 3:6). Deus quer que dependamos dele enquanto o diabo quer que dependamos de nós. O diabo gosta de encher a nossa bola. O grande problema da igreja hoje é que temos muitas celebridades e poucos servos. Há tanta vaidade humana que não sobra espaço para a glória de Deus.

4. Como podemos vencer esses três inimigos?

* O caminho de uma graça maior - v. 6 - Deus está incansavelmente do nosso lado. Ele sempre nos dá graça suficiente para vencer. Mas a graça de Deus não nos isenta de responsabilidade. Nos versos 7-10 há dez mandamentos para obedecer. A graça não nos isenta da obediência. Quanto mais graça, mais obediência.

a) Submetendo-nos a Deus (v. 7)

Essa palavra é um termo militar que significa fique no seu próprio posto, ponha-se no seu lugar. Quando um soldado quer se colocar no lugar do general ele tem grandes problemas. Renda-se incondicionalmente. Ponha todas as áreas da sua vida sob a autoridade de Deus. Por isso um crente rebelde não pode viver consigo nem com os outros.

Davi pecou contra Deus, adulterando, matando Urias e escondendo o seu pecado. Mas quando ele se humilhou, se submeteu e confessou, encontrou paz novamente com Deus.

b) Resistindo ao diabo (v. 7)

O diabo não é para ser temido, mas resistido. Somente quem se submete a Deus pode resistir ao diabo. A Bíblia nos ensina a não dar lugar ao diabo (Ef 4:27).

c) Mantendo-nos perto de Deus (v. 8)

Quanto mais perto de Deus ficamos, mais parecidos com Jesus nós nos tornamos. Comunhão com Deus é uma pista de mão dupla. Quando nos chegamos a Deus, ele se chega a nós. Não podemos ter comunhão com Deus e com o pecado ao mesmo tempo (v. 8b).

Comunhão com Deus implica em purificação (v. 8b)

d) Humilhando-nos diante de Deus (v. 9-10)

Temos a tendência de tratar o nosso pecado de forma muito leva e condescendente. Tiago exorta-nos a enfrentar seriamente o nosso pecado (v. 9). A porta da exaltação é a humilhação diante de Deus (v. 10). Deus não despreza o coração quebrantado (Sl 51:17).

Deus olha para o homem que é humilde de coração e treme diante da Palavra de Deus (Is 66:2).

Quando estamos em paz com Deus, temos paz uns com os outros e uma fonte de paz jorrando de dentro de nós!

Versículo do Dia

  Versículo do Dia Jesus contou a seguinte parábola, mostrando aos discípulos que deviam orar sempre e nunca desanimar: Lucas 18:1 NTLH