terça-feira, 31 de março de 2015

Aparências

aparencias

Johny tirou um livro da prateleira da biblioteca e se viu intrigado, não com as palavras do livro, mas com as notas feitas á lápis nas margens. A escrita suave refletia uma alma profunda e uma mente cheia de brilho. Na frente do livro, ele descobriu o nome do primeiro proprietário: Srta. Vivian.
Com tempo e esforço, ele localizou seu endereço. Ela vivia em Nova Yorque e era solteira. Ele escreveu a ela uma carta, apresentando-se e convidando-a a corresponder-se com ele. Na semana seguinte, no entanto, ele embarcou num navio para servir na II Guerra Mundial. Durante dois anos, mês a mês, eles desenvolveram o conhecimento um do outro através de suas cartas. Cada carta era uma semente caindo num coração fértil. Um romance de companheirismo.
Johny pediu uma fotografia, mas ela recusou. Ela queria que ele realmente se importasse com ela, não com sua aparência. – Quando finalmente chegou o dia em que ele retornou da Europa, eles marcaram seu primeiro encontro – 7:00 da noite na Central Station em New York.
“Você me reconhecerá”, ela escreveu, “pela rosa vermelha que estarei usando “.
Então, ás 7:00 da noite ele estava na estação, procurando por uma garota cujo coração ele amava, mas cuja face ele nunca havia visto.
Todas que passavam ele olhava com profundo interesse, imaginando ser ela, a dona de seu coração. Uma jovem aproximou-se dele. Sua figura era alta e magra. Seus cabelos loiros caíam delicadamente sobre os seus ombros, seus olhos eram verdes. Sua boca era pequena e seu queixo tinha uma firmeza delicada. Ele se dirigiu a ela, inteiramente esquecido de perceber que ela não estava usando uma rosa. Ela lhe deu um sorriso e seguiu.
De repente, logo atrás, ele observou, parada, uma mulher com mais de 50 anos. Ela tinha seus cabelos grisalhos enrolados num coque sobre um chapéu gasto e na lapela uma rosa vermelha…
Ela era mais que gorducha. Ele, então, se sentiu como se tivesse sido dividido em dois, a decepção por não encontrar a jovem que tanto esperava e idealizara e o profundo sentimento por aquela mulher que o acompanhara e o sustentara em todos os momentos de tribulações.

Johny então se aproximou. O que ele sentia podia não ser amor, mas poderia ser algo precioso, talvez uma amizade pela qual ele seria para sempre cheio de gratidão.
Cumprimentou-a mostrando o livro para ela, ainda pensando, enquanto falava, na amargura do seu desapontamento. “Sou o Tenente John Blanchard, e você deve ser a Srta. Vivian. Estou muito feliz que tenha podido me encontrar. Posso lhe oferecer um jantar?”
O rosto da mulher abriu-se num sorriso. “Eu não sei o que está acontecendo”, ela respondeu, “aquela jovem que acabou de passar me pediu para colocar esta rosa no casaco. E ela disse que se você me convidasse pra jantar, eu deveria lhe dizer que ela está esperando por você no restaurante da esquina”.
Surpreso com a revelação, Jonhy seguiu feliz para o encontro, compreendendo e admirando a sabedoria de sua amada… Jonhy, sem perceber, havia provado a verdadeira natureza de seu coração…

Pense nisso!
Quantas vezes nos deixamos levar pelas aparências… Quantas vezes nos esquivamos das pessoas porque elas não tem a aparência, o jeito, que gostaríamos que tivesse…
São nesses momentos, que mostramos, verdadeiramente a natureza de nossos corações…
São nesses momentos que mostramos o tipo de cristãos que somos…
Em Romanos 15, 7, A Palavra do Senhor nos diz: “Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus”.

Jesus nos recebeu incondicionalmente, veio à terra, doou-se por nós, independente de nossa situação, aparência… Recebeu e nos recebe como somos, com um amor capaz de vencer todas as barreiras, capaz de apagar todos os erros, sarar todas as feridas e concertar todo caminho torto.

Na história de hoje, aquele jovem provou o seu caráter, recebendo com atenção e carinho, apesar da decepção, aquela senhora, que julgava ser sua sonhada amada. E nós, no nosso dia a dia, como provamos o nosso caráter e a nossa fé? Como testemunhamos o amor que recebemos?

Pense nisso…
A verdadeira natureza do coração de uma pessoa é vista na maneira como ela responde ao que não é atraente!!
Não deixe de fazer o bem, de acolher, a quem quer que seja. Estando em tuas mãos a capacidade de fazê-lo, faça-o, porque assim verdadeiramente você será feliz!




Por Deyse Melo

Versículo do Dia

  Versículo do Dia Amem uns aos outros com o amor de irmãos em Cristo e se esforcem para tratar uns aos outros com respeito. Romanos 12:10 NTLH