Livra-me, peço-te, da mão de meu irmão, da mão de Esaú, porque o temo, para que porventura não venha e me fira e a mãe com os filhos. Gênesis 32.11
A volta para Canaã estava sob o olhar de Deus, mas isso não significava que estava tudo calmo, do jeito que o homem gosta, pois o Senhor mostraria o Seu poder a Jacó, desde que ele fizesse a sua parte na batalha de oração. Na verdade, se o Altíssimo estiver dirigindo a situação, não há por que se preocupar com as ameaças, sejam do homem, do diabo ou até mesmo da falta de recursos. O Onipotente é poderoso para nos dar o necessário.
Não sabemos se Jacó orou para Deus repreender Labão, caso este fosse atrás dele para executar alguma maldade; porém, seu sogro foi advertido. Jacó, então, deparou-se com os servos que ele enviara a Esaú, o qual havia prometido matá-lo, a fim de avisá-lo que estava indo a Canaã. Ao saber que seu irmão mais velho iria ao seu encontro com 400 homens, ele teve medo e ficou agitado. No entanto, fez algo que mudaria todo o quadro.
Ele entrou em oração e falou com Deus sobre o que Ele lhe tinha ordenado, dizendo-lhe que lhe faria bem. Ele lembrou ao Senhor que, com o seu cajado, havia passado o Jordão e repartido o seu grupo em dois (v. 7). Orar confessando o que Deus nos tem feito faz a nossa fé crescer e atingir o coração do Todo-Poderoso. Não podemos clamar de modo tímido nem achar que não merecemos as operações divinas.
Jacó confessou que era menor do que todas as beneficências e toda a fidelidade que Deus havia tido para com ele (v. 10). Agora, o Senhor faria algo, mas a batalha ainda não estava ganha. Foi preciso que ele abrisse mais o coração; então, dirigido pelo Espírito de Deus, fez um pedido que não poderia deixar de ser atendido (v. 11). Jacó sabia que, caso não fosse contemplado, não sobreviveria.
A seguir, foi direto ao ponto e pediu que Deus o livrasse das mãos do seu irmão, pois conhecia a índole de Esaú. Disse ainda que temia que ele acabasse com a sua vida e a de sua família. Jamais brinque com as ameaças de quem está a serviço do demônio, pois, em um ímpeto, ele pode lhe causar um grande prejuízo, inclusive tirar sua vida. Aquele servo de Deus precisava de libertação, e isso só o Senhor poderia proporcionar.
O herdeiro das promessas lembrou ao Altíssimo as seguintes palavras: Certamente te farei bem e farei a tua semente como a areia do mar, que, pela multidão, não se pode contar (v. 12). É bom não se esquecer de nenhuma declaração feita pelo Pai celeste a seu respeito, pois Ele cumpre o que promete. Jacó passou a noite em Maanaim e do que lhe veio à mão enviou presentes a Esaú (v. 2, 13). No entanto, o verdadeiro presente o Senhor daria, tirando o ódio do coração de seu irmão.
A agonia de Jacó era muito grande, por isso ele fez toda a sua família passar o vau de Jaboque (v. 22). Ele orou tanto, que um homem lutava com ele até o romper da manhã. Seu nome, então, foi mudado para Israel, pois lutou com Deus como príncipe e prevaleceu (v. 24-28). Além disso, o Senhor mudou o coração de Esaú, como também há de mudar tudo para que você seja atendido.
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
