sábado, 11 de fevereiro de 2017

PLENITUDE DO ESPÍRITO: ORDEM DE DEUS, NECESSIDADE DA IGREJA

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“E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18).



​Paulo, o apóstolo da gentilidade, ensina no versículo em epígrafe, uma verdade magna do Cristianismo, a plenitude do Espírito Santo. Há no texto bíblico duas ordens: uma negativa, outra positiva. A negativa é: “não vos embriagueis com vinho”; a positiva é: “enchei-vos do Espírito”. Entre as duas ordens há uma adversativa: “mas…”. Logo, em vez de embriagar-se com vinho, o cristão deve ser cheio do Espírito. A sobriedade não é necessariamente plenitude do Espírito. Além de ser sóbrio, o cristão precisa, também, ser cheio do Espírito. Se a embriaguez desemboca numa vida desregrada, a plenitude do Espírito conduz à comunhão, adoração, gratidão e serviço (Ef 5.19-21).

​Doravante, deter-nos-emos apenas na segunda ordem do texto: “enchei-vos do Espírito”. Essa ordem ensina-nos quatro verdades:

​Em primeiro lugar, o verbo está no imperativo. A ordem é clara: “Enchei-vos”. Isso significa que não ser cheio do Espírito é um pecado de desobediência à uma ordem expressa de Deus, assim como o é a embriaguez. Um cristão sem a plenitude do Espírito deveria ser um escândalo para nós, assim como é um escândalo um cristão embriagado. A plenitude do Espírito não é uma opção, mas um mandamento; não é uma sugestão, é uma ordem categórica. A expressa vontade de Deus para sua igreja é a plenitude do Espírito Santo. Você está cheio do Espírito?

​Em segundo lugar, o verbo está no plural. A ordem divina é insofismável: “Enchei-vos…”. Isso significa que a plenitude do Espírito não é apenas uma ordenança para um grupo seleto na igreja, mas para todos os membros da igreja. A plenitude do Espírito não deve ser uma exceção, mas a regra. Não deve ser apenas uma experiência sobrenatural, mas também a dinâmica natural da igreja. A plenitude do Espírito não apenas está à disposição de todos os salvos, mas é, também, uma ordenança a todos eles, sem exceção e sem acepção.

​Em terceiro lugar, o verbo está no presente contínuo. Na língua grega o verbo “enchei-vos”, está no presente contínuo. Isso significa que a plenitude do Espírito não é uma experiência que acontece uma única vez na vida e nunca mais se repete, mas uma ordem que deve ser obedecida continuamente. Quando Jesus ordenou aos serventes, nas bodas de Caná: “enchei d’água as talhas” tratava-se de uma ordem dada só a eles, para nunca mais ser repetida por eles; porém, quando a palavra de Deus nos ordena: “enchei-vos do Espírito” está nos orientando que a plenitude de ontem não serve para hoje. Todo dia é tempo oportuno e necessário para sermos cheios do Espírito.

​Em quarto lugar, o verbo está na voz passiva. Isso significa que nenhum cristão pode produzir essa plenitude para si mesmo ou transferi-la para outrem. Muito embora a plenitude do Espírito seja uma ordem divina, somente o próprio Deus pode nos encher do seu Espírito. Para sermos cheios do Espírito é preciso primeiro esvaziar-nos do pecado que tenazmente nos assedia. Não dá para ser cheio de vinho e do Espírito ao mesmo tempo. Não dá para abrigarmos no coração avareza, mágoa, impureza, lascívia e porfia e sermos cheios do Espírito. Somente vasos vazios podem ser cheios e enquanto nosso coração for como vasilhas vazias, o Espírito jamais deixará de jorrar para nos encher até à plenitude.

​Você está cheio do Espírito? Essa não é apenas uma ordem divina, mas também a nossa maior necessidade. Sem a plenitude do Espírito Santo nós caminharemos trôpegos, em vez de fazermos uma jornada segura. Sem a plenitude do Espírito nós faremos muito esforço, mas teremos resultados pífios. Sem a plenitude do Espírito nós viveremos agarrados às coisas da terra, mas não nos deleitaremos nas glórias do céu. Sem a plenitude do Espírito nós perderemos a alegria da comunhão, da adoração, da gratidão e do serviço, mas viveremos em aberto conflito uns com os outros. Você está cheio do Espírito Santo?



Rev. Hernandes Dias Lopes

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