domingo, 26 de agosto de 2012

Um Presente Maravilhoso



Livre Arbítrio: Um Presente Maravilhoso

“O homem não é guiado simplesmente por instintos, ele é livre”. 

Toda formiga sabe o que tem de fazer tão logo nasce. Assim como todos os animais, ela tem um programa fixo, segundo o qual passa a viver; dotada de instinto próprio, reage a todos os estímulos de maneira lógica, diferentemente do homem, que não segue esse esquema.

O Homem – o ser humano – não é guiado simplesmente por instintos, mas é livre, isto é, pode escolher como se comportar em determinadas situações. De fato, um presente maravilhoso, ou não?

O problema é que a maioria das pessoas esqueceu que elas escolhem, até mesmo diariamente. Elas também esquecem que podem abolir decisões anteriores, se assim desejarem, e não o fazem por motivos pelos quais elas mesmas são responsáveis. 

Sempre encontramos outro meio de realizar alguma coisa e, na maioria das vezes, mais do que um meio; muitos, todavia, agarram-se a um [único] método para alcançar seus objetivos ou resolver problemas e não lhes ocorre a idéia de adotar outro caminho.

Em vez de seguir uma alternativa mais sábia, dobram seus esforços e, se ainda não funcionar, desistem, entregando os pontos. Mas o poder da decisão está em suas mãos. 


Os Baldes de Água Fria 

Muitas vezes, nada parece ser mais complexo do que tomar uma decisão clara e consciente, e dificilmente podemos avaliar por antecipação todas as conseqüências de nossas decisões. Ou, como afirmou o filósofo Immanuel Kant: “A necessidade de escolher transpõe a possibilidade de reconhecer”.

Pode haver mais problemas nos aguardando posteriormente do que antes de nossa decisão? É evidente também que, além disso, estamos expostos a influências externas, pois somos seres sociais e precisamos dos outros para alcançar nossos objetivos.

Além disso, sucedem-nos situações que não estão sob o poder de nosso controle, tais como políticas, econômicas, de saúde; sim, há as duchas de água fria da vida. E então protestamos: “Não escolhi isso: Impuseram-me isso!”

Pode ser que você não tenha escolhido essa ducha de água fria para agora; entretanto, num sentido mais amplo, na hora da escolha e na medida do possível, você optou por todas as conseqüências. 

A vida é sempre um fator de perigo. O filósofo Martin Heidegger assim escreve: “O homem, ao nascer, está preparado para morrer”. 

Se, em um terremoto, eu for morto por um teto desabado, por mais absurdo que possa parecer esta afirmação, havia a escolha anterior de viver em um lugar à prova desse fenômeno e, por esse motivo, algumas civilizações se negam a viver em edificações. 

Ou a lamentação pelo “acaso” de que alguém fora atropelado na esquina mais próxima: por mais trágico e triste que possa ser o caso isoladamente, se alguém optou por inserir-se no trânsito, basicamente, também escolheu a possibilidade de ser atropelado.

Para algumas tribos norte-americanas, não há dúvida de que tudo o que acontece no mundo é influenciado por seus atos e negociações. Alguns pensadores modernos afirmam que as guerras acontecerão enquanto elas existirem em nossas cabeças [isso é bíblico: Tiago 4:1-3]. 

C.G. Jung, com sua idéia de inconsciente coletivo. Rupert Sheldrake, com suas espantosas experiências e teses em memória da natureza; o povo judeu, que, segundo Theodor Lessing, foi o primeiro a procurar junto de si a responsabilidade pelos acontecimentos do mundo – todos eles assumem a responsabilidade pela realidade das coisas e não apenas pelo como e por que de nossa reação.

Lembre-se: Os imprevistos podem não ser escolha nossa, já o modo de reação a eles, sim! 


- Texto extraído e adaptado do livro “Toda Mudança Começa Em Você”, do Dr. Reinhard K. Sprenger

Versículo do dia

   Versículo do dia Então não ficaria confundido, atentando eu para todos os teus mandamentos. Salmos 119:6